Quando alguém pergunta se é caro morar em Orlando, a resposta depende de vários fatores que vão muito além de aluguel ou prestação de imóvel.
Claro, o custo da moradia é um dos pontos mais importantes, mas o que muitas pessoas esquecem são os "custos invisíveis" que podem impactar diretamente o orçamento.
1. TRANSPORTE: VOCÊ REALMENTE PRECISA DE UM CARRO?
Em Orlando, depender de transporte público não é uma opção viável para a maioria.
As distâncias entre bairros e pontos importantes como trabalho, escolas e supermercados são grandes.
O carro é praticamente obrigatório, mas isso não significa apenas a compra do veículo.
Combustível, seguro (que é mais caro para estrangeiros), manutenção e pedágios podem somar um custo considerável todo mês.
Dica não óbvia: Se você escolher morar perto do trabalho ou das escolas, especialmente em bairros como Lake Nona ou Winter Garden, pode economizar com gasolina e evitar os pedágios da I-4.
2. O QUE VOCÊ PAGA NA SUA CONTA DE LUZ?
Morar na Flórida significa conviver com o calor praticamente o ano inteiro.
O ar-condicionado vai trabalhar duro, e isso reflete na conta de energia elétrica, que pode facilmente superar os $200 por mês em casas maiores ou mal isoladas.
Escolher um imóvel com boa eficiência energética é mais importante do que parece.
3. ESCOLAS E EDUCAÇÃO: PÚBLICAS OU PRIVADAS?
Se você tem filhos, a escolha da escola pode impactar bastante o custo de vida.
Orlando tem boas escolas públicas, mas elas são distribuídas por zonas específicas.
Morar em um bairro com escolas bem avaliadas, como Hunters Creek, pode significar aluguéis ou imóveis mais caros. Já escolas privadas podem custar de $8.000 a $25.000 por ano, dependendo da instituição.
Dica não óbvia: Invista tempo em pesquisar os “ratings” das escolas públicas antes de decidir onde morar. Muitas vezes, você pode encontrar bairros acessíveis com boas opções educacionais.
4. GASTOS COM SAÚDE: NÃO DÁ PARA DEIXAR DE LADO
Nos EUA, não há sistema público de saúde como no Brasil.
Isso significa que você vai precisar contratar um seguro saúde, que pode custar de $200 a $600 por pessoa, dependendo da cobertura.
Além disso, consultas médicas ou emergências podem sair caras se você não tiver o plano certo.
Dica não óbvia: Pesquise planos familiares e veja se a sua empresa (caso trabalhe nos EUA) oferece benefícios como subsídio para o seguro saúde.
5. CUSTO DE ENTRETENIMENTO: NEM SÓ DE DISNEY SE VIVE
Sim, Orlando é a terra da Disney e da Universal, mas o custo do entretenimento vai além dos parques.
Jantar fora, eventos esportivos, cinemas e até pequenas atrações locais podem pesar no orçamento.
Além disso, muitas famílias compram passes anuais para os parques, que podem variar de $400 a $1.500 por pessoa.
Dica não óbvia: Aproveite as atrações gratuitas ou de baixo custo, como shows ao vivo em Winter Park, trilhas em Wekiwa Springs ou os eventos no Lake Eola Park.
6. IMPOSTOS LOCAIS: O QUE FICA ESCONDIDO?
A boa notícia é que a Flórida não cobra imposto estadual sobre a renda, mas isso não significa que você escapará dos tributos.
Impostos sobre propriedade, geralmente 1% a 2% do valor do imóvel ao ano, e o imposto sobre vendas, que é de 6,5%, devem ser considerados no planejamento financeiro.
7. BAIRROS E ESTILO DE VIDA FAZEM TODA A DIFERENÇA
Se você busca um estilo de vida mais descontraído, talvez prefira bairros como Kissimmee, que são mais acessíveis.
Já áreas como Dr. Phillips ou Windermere, voltadas para um público de alto padrão, terão custos proporcionais ao conforto e à exclusividade.
Dica não óbvia: Fazer uma análise detalhada do seu estilo de vida pode revelar que um bairro menos óbvio atende suas necessidades por um custo menor.
CONCLUSÃO: CARO É RELATIVO AO QUE VOCÊ PRIORIZA
Morar em Orlando pode ser caro ou acessível, dependendo das escolhas que você faz.
Entender os custos invisíveis e priorizar o que realmente importa para o seu estilo de vida é o segredo para fazer a mudança com planejamento e sem surpresas desagradáveis.